Morre Pelé, o Rei do Futebol

Ex-jogador estava internado desde 29 de novembro no Hospital Israelita Albert Einstein e teve avanço em câncer de cólon; entenda a doença
O Rei do Futebol, Pelé, morreu nesta quinta-feira, 29. 


Edson Arantes do Nascimento, de 82 anos, estava internado desde o dia 29 de novembro no Hospital Israelita Albert Einstein, quando deu entrada para reavaliação da terapia quimioterápica para o câncer de cólon, descoberto em setembro do ano passado, e tratamento de uma infecção respiratória.

No início deste mês, ele chegou a apresentar melhora progressiva em seu estado geral, com sinais vitais estáveis e consciente, mas, no último dia 21, um novo boletim do hospital informou a progressão do câncer e que Pelé necessitaria de mais “cuidados relacionados às disfunções renal e cardíaca”. 

O ex-jogador estava internado em um quarto comum e passou o Natal com os filhos.

Câncer de cólon

O câncer colorretal, que pode atingir o cólon (parte do intestino grosso) e o reto é responsável por 935 mil mortes por ano no mundo. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), é o segundo câncer mais comum no Brasil – o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 45.630 novos casos anuais entre 2023 e 2025 -.


A doença é silenciosa e é rastreada por meio da colonoscopia, exame indicado a partir dos 50 anos. Caso a pessoa tenha histórico familiar, a recomendação é realizar a avaliação depois dos 40 anos.


Se descoberto em fase inicial, esse tipo de câncer tem taxa de cura acima dos 90%, índice que cai para 70% ao se espalhar para os linfonodos. Caso avance para metástase, a possibilidade de cura é inferior a 20%.


“Quando um tumor originado no cólon (intestino grosso) se espalha, o órgão que mais apresenta metástase é o fígado”, diz o cirurgião oncológico Héber Salvador, presidente da SBCO. 

Em caso de diagnóstico precoce, o tratamento costuma envolver cirurgia e pode incluir radioterapia e quimioterapia.


Tabagismo, sedentarismo, alto consumo de álcool, dieta rica em ultraprocessados e histórico familiar são alguns dos fatores de risco. 

Entre os sintomas da doença, estão: sangue nas fezes, quadros alternados de diarreia e prisão de ventre, perda de peso sem causa aparente, desconforto abdominal e sensação de fraqueza.

Fonte G1