A Polícia Civil iniciou investigação da tentativa de homicídio contra Elisa Pereira de Sena, de 21 anos, logo depois que ela foi atacada por Marisete Rodrigues de Carvalho, de 44 anos, ao sair de uma audiência na delegacia.
O crime ocorreu no pátio do complexo policial do bairro Aratu, em Barreiras, na tarde de quinta-feira (09).
Elisa foi alvo de um golpe no olho, por um objeto ainda não identificado, e estava internada no Hospital do Oeste (HO) de onde recebeu alta no mesmo dia.
De acordo com a polícia civil, o caso está sendo apurado pela Coordenadoria Regional (11ª COORPIN/Barreiras).
Ainda não se sabe o tipo de arma usada na agressão, mas a estudante afirmou que era um objeto pérfuro-cortante e o delegado qualificou o crime como tentativa de homicídio.
— Conforme esclareceu a própria vítima em nossa redação, eu fui agredida com um objeto pontiagudo, duro, que arrancou um pedaço da pálpebra e perfurou o globo ocular, no momento em que abaixei para pegar um papel com orçamento que ela havia colocado dentro do meu capacete, dizendo que era o valor que eu deveria pagar – conta Elisa.
A vítima ainda relata que denunciou Marisete na delegacia, por causa das ameaças que vinha sofrendo depois de colidir sua motocicleta contra o carro dela, há três meses.
A proprietária do carro queria que a mesma arcasse com despesas do seguro do veículo e danos materiais. “Foram pelo menos cinco ameaças que sofri, e no dia do acidente eu fui obrigada a entrar no carro e ir com ela até a concessionária fazer o orçamento do prejuízo”.
“Ela atacou a menina por motivo banal. O que nós familiares queremos é que justiça seja feita.
Minha afilhada quase perdeu um olho e ainda corre risco de ficar cega do olho lesionado. – Elisa é estudante universitária e está sem estudar, sem trabalhar, está ficando na casa de uma amiga, porque não pode ficar em casa só, por causa das ameaças da autora, que teve a ousadia de passar em frente à residência dela depois da agressão física.
Ela não está se alimentando bem por conta dos fortes medicamentos que vem tomando, que provocam enjôo, além do mais, ainda sente fortes dores na na região do golpe.
Pedimos às autoridades que levem mais a sério o assunto e tomem as devidas providências cabíveis no caso, porque o crime ocorreu no pátio da delegacia e até agora não se sabe dizer o que foi feito para punir a autora. Queremos que providenciem pelo menos uma medida protetiva em favor de Elisa, porque ela não pode ficar na casa dos outros, sem trabalhar e sem estudar. Ela precisa de segurança!”, comentou Janaína Sotero.
Após sair da situação de flagrante, a autora do crime se apresentou na delegacia nesta segunda – feira (13) em companhia de um advogado, e deve responder processo em liberdade.
Caso o Poder Judiciário entenda que houve o homicídio tentado, a dosimetria nos crimes tentados envolve a possibilidade de o juiz diminuir a centença, num patamar de um a dois terços, à pena que se daria ao crime consumado, que é de reclusão, de seis a vinte anos (Jusbrasil).
Nossa reportagem tentou, mas não conseguiu conversar com o delegado sobre o caso na última segunda-feira (13).
Fonte alô alô Salomão