O mercado teve mais um dia de variações decorrentes do cenário político. O dólar comercial fechou cotado a R$ 5,279, uma alta de 1,58% em relação ao valor do dia anterior, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), caiu 1,77%.
Os ativos brasileiros sofreram piora expressiva no dia depois de a Bloomberg informar, citando fontes, que a equipe econômica estuda antecipar uma revisão das metas de inflação do país na tentativa de acalmar as tensões entre o Banco Central e Lula.
A bolsa fechou a quinta-feira aos 108.008,05 pontos e acumula perdas de 0,47% nesta semana.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Possível revisão na meta de inflação impacta mercado
Além da taxa de juros, Lula também já criticou a meta de inflação do Brasil para 2023, argumentando que mantê-la num patamar muito baixo faz com que sejam feitos "arrochos" na economia.
Ministros de Lula tentam apaziguar a situação envolvendo o petista e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Qual é a relação entre inflação e juros?
As autoridades monetárias buscam um equilíbrio para tentar frear o risco de recessão.
Os juros são usados como uma ferramenta para tentar controlar a inflação ou tentar estimular a economia.
De modo geral, quando a inflação está alta, o Banco Central sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a cair.
Em outra situação, quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros a fim de estimular o consumo.
Porém, o aumento das taxas de juros encarece o crédito. Isso acaba desestimulando o consumo e os investimentos, e os preços podem voltar a subir.
*Com informações da Reuters
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